A escolha é nossa

Hoje levantei-me cedo a pensar no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está a chover ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou sentir-me encorajado para administrar as minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planeei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está à minha frente, à espera, para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

A Praia da Ursa

Eu e o Di somos apaixonados por Sintra, pelos palácios, as ruas, as Quintas...Sintra tem um mistério único, faz-nos recuar ao tempo dos príncipes e das princesas.
Hoje apetecia-nos uma praia quase deserta, um pequeno paraíso mas tinha de ser relativamente perto de casa. O Di lembrou-se da praia da Ursa, eu nunca la tinha ido e ele avisou-me previamente que teríamos de descer uma montanha e que não era uma montanha pequena. Eu como sou uma "dondoca" com a mania que sou aventureira e sem a mínima noção dos meus limites, lanço-me nas aventuras e só quando estou nelas é que percebo que não são para mim! Já me meti num campeonato de karts a chover torrencialmente e eu de sandálias de salto alto e acelerar como se não houvesse amanhã, numa curva lá fui eu contra os pneus da berma com toda a velocidade e lá fiquei até alguém me ir salvar. Já me meti com o Di naquelas boias puxadas por um barco, note-se que por norma as pessoas levam coletes mesmo sabendo nadar, eu não sei nadar e fui sem colete! quando o Sr. do barco começa a andar com velocidade a querer causar adrenalina e eu vejo o Di a ir pelo ar e cair no mar, agarro-me à boiá com toda a minha força e desato a berrar de lágrima no olho e a pedir encarecidamente ao Sr. para parar me deixar subir para o barco!!!!
Portanto, mais uma vez lá fui eu sem a mínima noção para a praia da montanha infinita! não sei quantas vezes tropecei a descer e parecia que aquele caminho não tinha fim, os meus pés estavam pretos como se tivesse andado a cavar batatas mas valeu a pena, a praia é linda, calma, e quase deserta (vai-se lá saber porquê)...
Hoje sinto-me uma Indiana Jones versão barbie :D

Morre Lentamente

“Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, quem não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, com o seu amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, quem não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe."

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.
Parabens a nós meu amor por termos construido uma vida tão rica, uma relação tão mágica, por conseguirmos sentir felicidade nas coisas mais simples...
Este amor que nos faz viver tão intensamente...

Tranquilidade

Sinto-me tranquila, em paz...
Estou certa de que tudo na vida acontece na altura certa e não quando o desejamos, embora por vezes esses dois momentos possam coincidir.
Tudo o que desejei na vida acabou por surgir e por isso sinto-me abençoada, por todos os momentos bons e menos bons que vivi, pelos pais que tenho, pelos amigos, principalmente por ti Nandinha que és uma irmã que a vida me deu, pelos sogros que tenho, pelos manos (Va e Pe), pela sobrinha deliciosa e claro pelo marido único e especial que é o brilho dos meus olhos.
O sentimento de conquista também é grande, em menos de um ano consegui ter a minha/nossa casinha, casámos, fui despedida e já vou começar num novo emprego e acabámos de trocar de carro.
Sinto-me a caminhar no sentido correcto, e um dos grandes segredos desse caminho é fazê-lo com alegria...a alegria secreta e silenciosa que sempre deixei despertar em mim. Metade dos obstáculos são resolvidos pelo simples facto de colocarmos um sorriso nos lábios.
Trata-se, agora e sempre, de uma opção muito pessoal. Ninguém pode viver a vida de ninguém, é um caminho interior só nosso...

Se abrirmos um sorriso.
Se pararmos de nos queixar.
Se fizermos o que é preciso.
Estamos no caminho...
O caminho é em frente...e os pés...são os nossos pés...

A mala da Constança

Hoje fiquei com a Constancinha cá em casa todo o dia.
Ela apresenta-se à minha porta com uma mala ao ombro muito senhorinha e note-se que acabou de fazer 3 anos. Tive curiosidade de ver o que uma criança dessa idade guarda numa mala? O mais previsível seriam brinquedos, mas não...ela tinha todo um KIt da Hello Kitty: um baton, uns óculos cor de rosa com a devida bolsinha para não os riscar, um telemóvel, uma carteira e para o caso de descuido uma fralda e umas cuecas!
Todos nós quando éramos pequenos tínhamos alguém mais velho que achávamos o máximo e queríamos ser como aquela pessoa quando fossemos grandes, o ídolo dela sou eu, vibra cada vez que sabe que vai estar comigo! talvez porque eu faço as delicias de qualquer pirosa! ;)
Pintei-lhe as unhas de cor de rosa obviamente, ficou radiante! :D

De volta

Estamos de volta à nossa casinha! Vivemos duas semanas uma realidade tão diferente daqui, as pessoas, a forma como vivem as suas vidas, como falam, como pensam, como agem...o Di achou imensa graça ao ponto de ir apanhar batatas num tractor! hehe
Lá tudo é genuino, puro e simples, mas já estavamos cheios de saudades do nosso mundinho de cá. :)