Nova etapa

Engraçado que aquilo que idealizamos raramente corresponde à realidade quando vivenciamos esse ideal.
Quando trabalhava numa função que não gostava, passava os dias a sonhar com o dia que me poderia libertar dali. Quando esse dia chegou e me deram a "carta de alforria" senti um misto de sensações...a de liberdade e alivio e ao mesmo tempo a de medo e vazio. Pensei então que a solução seria ir ao encontro do que mais me poderia realizar...mas eu queria ser tantas coisas que nunca uma só profissão me iria preencher. Pensei em abrir um negócio próprio, pesquisei espaços, ideias, mas não sentia que fosse por aí o caminho. Para mim o que sinto é essencial para a minha caminhada...só o querer não me basta se não o sentir. E os meus presságios são o meu guia, quando sinto a valer não tem erro possível. Então comecei a procurar empregos, enviar CV´s pela Net e as semanas iam passando e ninguém me chamava para nenhuma entrevista. Foi então que percebi que era necessário um esforço maior do que estar sentada no sofá a enviar candidaturas. Pus os pés ao caminho e fui vários dias para Lisboa correr as empresas de trabalho temporário. E aí começaram a surgir algumas oportunidades de emprego, mas muito aquém do que eu esperava. Não sentia que nenhuma daquelas fosse para mim...foi então que me ligaram de uma empresa particular para uma entrevista no dia seguinte. Quando fui sabia que seria eu a escolhida, senti...
A entrevista durou uns 10 minutos e julgo ter sido o suficiente. No dia seguinte (ontem) ligaram-me a dizer que tinha sido eu a seleccionada e para começar já na 2ª feira. É perto de minha casa, o ordenado é bom para os dias que correm e embora todo o esforço a percorrer todas as empresas de trabalho temporário, não vai ser através de nenhuma delas, mas somente de mim...:)
Obrigada Nandinha por todas as idas a Lisboa, por me acompanhares nas corridas, nas desilusões, na esperança. Pela força. Consegui! :)